Inovação, conhecimento da floresta e o trabalho com as populações locais estão na essência desses negócios sustentáveis.

Quem não gosta de um bom chocolate? Esse produto tão popular feito com uma matéria prima bem brasileira e de origem amazônica, o cacau. Mas isso todo mundo já sabe, o que talvez muita gente nem imagina é que muitas multinacionais do chocolate ainda fazem uso da exploração do trabalho infantil para lucrarem com seus produtos. Mas esse modelo não precisa ser assim, chocolate pode ser feito preservando vidas humanas, aliando saberes de comunidades tradicionais com alta tecnologia e ainda preservar a floresta. Todas estas características estão na essência dos Chocolates de Mendes, uma empresa que trabalha cacau amazônico nativo em chocolates finos.

Cada vez mais iniciativas como essa estão voltando seus negócios para gerar impacto positivo para a região Amazônica. Esse é o objetivo do Programa de Aceleração da PPA, uma realização da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) e do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM),  com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) e outras entidades e empresas que atuam no Norte do país.

Desde de 2018, a PPA  vem investindo em um legado sustentável, movimentando um ecossistema de startups, que funciona da seguinte forma, o programa atua na incubação e aceleração de pequenos empreendedores, como os Cholocates de Mendes, sempre tendo em vista a parceria entre empresas, comunidades e governos.  Esses negócios trazem a p  ossibilidade de alavancar uma nova economia na região, contrária ao desmatamento e às atividades predatórias e valorizando comunidades locais, ribeirinhas, indígenas, quilombolas e agricultores familiares.

Em sua primeira Rodada de Negócios, 15 startups foram selecionadas para participar do Programa de Aceleração da PPA, o que inclui capacitações presenciais, mentorias, assessoria jurídica e contábil, bolsas de estudo e até a viabilização de espaços de coworking para que as startups e empreendedores selecionados tenham condições mínimas de acesso a mercados. E o PPA não termina por aí. Para novos empreendedores interessados, a segunda rodada de negócios iniciará sua seleção a partir do próximo dia 12 de junho.

Quer conhecer as 15? Confira no site e siga algumas delas nas redes sociais. 

Manioca – A Manioca busca conectar pessoas à Amazônia por meio de alimentos criativos e naturais.Criada em 2014 por Joanna Martins, a Manioca já coleciona produtos como as geleias de pimenta de cheiro, de priprioca e de taperebá; o doce de cupuaçu; o molho de tucupi preto e o tucupi temperado; o licor de flor de jambu e o feijão manteiguinha, dentre outros itens da cadeia produtiva paraense.  

@manioca

 

100% AMAZÔNIA –  A 100% Amazônia é uma exportadora de produtos florestais não madeireiros e de base renovável. Há dez anos na ativa, hoje a empresa exporta para 55 países.  De açaí, polpas congeladas, óleos e manteigas cosméticas, os produtos da 100% Amazônia são fornecidos por comunidades tradicionais e indígenas, sempre respeitando a cultura local, a sazonalidade e gerando renda para essas populações.

@100amazonia

Awí Superfoods –  A empresa paraense investe em superalimentos vindos direto da floresta amazônica. O sorbet mix de açaí é produto chefe da marca, que trabalha em parceria com cooperativas locais, sempre com inovações sustentáveis.

@awisuperfoods

Broto – Promover o aumento da produção sustentável de hortaliças e reduzir impactos ambientais por meio de automação hidropônica é a proposta da Broto Tecnologia Agrícola. Com um sistema integrado de sensores, Big Data e Mobile,a ideia é reduzir a necessidade de aplicação de insumos químicos e agrotóxicos para agricultura hidropônica.

Chocolates de Mendes – Um chocolate com terroir amazônico, elaborado a partir do cacau nativo da região. É essa delícia que César de Mendes produz na fábrica localizada na comunidade Colônia Chicano, em Santa Bárbara, na região metropolitana de Belém (PA). Tudo isso em parceria com comunidades tradicionais, que recebem treinamento para a produção de cacau fino. Para os interessados, o chocolate já está disponível em dois pontos de venda – um em Belém, no Polo Joalheiro, e outro em São Paulo, no Mercado de Pinheiros, numa parceria com o Instituto ATA e o Instituto Socioambiental (ISA).

@chocolatesdemendes

Coopmel – O manejo e a conservação de espécies de abelhas nativas da Amazônia resultam em um mel de alta qualidade e ajudam a manter a floresta em pé. É sob essa premissa que trabalham os 62 integrantes da Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia (Coopmel), localizada em Boa Vista do Ramos (AM).

@coopmelbvram

 

Da Tribu – Moda que gera impactos socioambientais positivos. Essa é proposta de trabalho da Da Tribu, uma marca de acessórios de moda produzidos com a matéria prima extraida por famílias ribeirinhas no Pará com tecnologia que remete aos antigos conhecimentos indígenas.

@datribu

Ecopainéis – O resíduo da fibra do fruto do açaí é hoje totalmente desperdiçado na região Amazônica. Só em Belém, no Pará, diariamente são produzidas 16 mil toneladas desse resíduo. Por isso a Ecopainéis resolveu fazer paineis sustentáveis a partir da fibra do açaí,perfeito para o mercado de móveis, escritórios de arquitetura, engenharia civil e até consumidores finais.

 

 

Encauchados – Promover a revitalização da borracha na Amazônia, gerando renda com inclusão, evitando o desmatamento e resgatando a identidade seringueira é o que move o trabalho do Encauchados de Vegetais da Amazônia. São produzidos chinelos orgânicos de borracha nativa e utensílios, biojoias, acessórios e embalagens. Tudo isso envolve povos indígenas, seringueiros, ribeirinhos, quilombolas e assentados da reforma agrária.

@encauchadosoficial

Manaós Tech – Construir robôs, conhecer o universo da mecânica da programação e dos games, aprender a editar vídeos para o youtube são algumas das atividades proporcionadas pela Manaós Tech, que prepara crianças e jovens entre seis e 16 anos para o protagonismo da chamada Quarta Revolução Industrial.

@manaostech

Onisafra – É uma plataforma para conectar produtores de hortaliças de Manaus diretamente ao consumidor final, sem atravessadores. As compras podem ser pagas por cartão de crédito, no próprio site da empresa. O pagamento antecipado serve para garantir que apenas a quantidade certa de alimentos seja colhida/produzida.

Peabiru – O negócio do Peabiru Produtos da Floresta busca trazer renda para populações rurais, especialmente para mulheres e jovens, associada a uma maior polinização para agroflorestal e restauração ecológica, diminuindo o desmatamento. Além do mel a empresa quer comercializar outros quatro tipos de produtos amazônicos: cacau, óleos, farinhas e feijão.

@peabiruprodutosdafloresta

Ração+ – Ração para peixes a partir de matérias primas locais, reaproveitando parte de resíduos orgânicos gerados por outras cadeias produtivas. Esse é o objetivo da Ração +, empresa localizada na cidade Presidente Figueiredo, no Amazonas.

Sustente Ecosoluções – A Amazônia tem uma vocação natural para a piscicultura. No entanto, essa cadeia produtiva é altamente dependente da proteína que compõe as rações, proveniente de soja, milho ou sorgo, farinha de osso, carne ou peixe. A proposta da Sustente é trazer uma nova fonte de proteína e ao mesmo tempo ajudar a resolver o problema da geração de resíduos sólidos orgânicos.

Tipiti – A Tipiti quer proporcionar uma ponte entre pequenos produtores do Pará e os consumidores, paraenses ou não, sempre valorizando a produção das famílias ribeirinhas e praticando o comércio justo. Além de produtos alimentícios como pimentas, geleias, farinhas, café de açaí e cachaças, a Tipiti também trabalha com artesanato, tudo isso envolvendo cinco famílias distribuídas em quatro comunidades paraenses em Santarém, Atodi, Alter do Chão e Belterra.

@tipiti.amazonia

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